sábado, 27 de fevereiro de 2010

A vida é realmente uma questão de aparências. É saber deixar aparente apenas o conveninte para o momento, como aparentar estar se divertindo quando estiver numa festa, aparentar estar feliz quando não quiser preocupar os outros, aparentar tranquilidade para evitar confusões desnecessárias, aparentar basicamente apenas o socialmente aceitável, aparentar apenas o necessário.
Nesse jogo de conveniências, o importante é conseguir engavetar o que você sente e o que você pensa e não pode dizer. O problema é que não existem gavetas mágicas que nunca fiquem cheias a ponto de não mais fecharem, assim como não existem pessoas fortes o suficiente para guardarem tanta coisa sem em algum momento demonstrarem uma fraqueza.
Sou uma pessoa forte. Sempre fui forte. Sempre fui capaz de manipular o que sinto e o que penso do modo mais conveniente à minha vida. Mas me sinto tão fraca.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Voltando a postar, depois de tanto tempo. Nossa, é até engraçado perceber ao reler tudo o quanto eu mudei em certos aspectos.

Enfim, vim aqui com a intenção de escrever sobre o vazio. Por mais que a palavra implique algo de simples descrição (afinal, quão difícil deve ser descrever o nada?), esse é um tema que sempre julguei ter uma certa complexidade.
Primeiro, por suas várias facetas. O vazio pode ser concreto, como a falta de objetos em um espaço físico, ou pode ser abstrato, metafórico, como o vazio que aflinge uma pessoa. Nesse post, me concentrarei no "vazio da alma", que também se divide em outras tantas ramificações. Há, por exemplo, a falta de pessoas e a falta de sentimentos, a falta de desejo e a falta de motivação.
Escrevo isso porquê ultimamente tenho sentindo uma falta completa de motivação pra tudo, e em certos aspectos, uma falta de sentimento que me "preocupa".
Começando pela questão da desmotivação, vejo esse torpor como uma aura, um campo. Perto de amigos, ele encolhe, como se empurrado pelo brilho dos que me divertem, me distraem, me fazem companhia, me entendem. Sozinha, ele se expande e me engole, toma o quarto inteiro, me deixa sem vontade de nada, sem vontade até de sair com os mesmos amigos que combatem essa letargia. Lugar nenhum parece ser apelativo, atividade nenhuma parece satisfatória.
O que me leva à outra questão. Durante todo meu Ensino Fundamental, e em momentos do Ensino Médio, uma das coisas que mais me motivava, divertia e magoava era alguma paixão platônica. Passei o maior tempo da adolescência sempre gostando de alguém. Porém, faz muito tempo que não consigo considerar ninguém além da amizade ou além do tesão, não vejo garoto nenhum com um sentimento de afeto a mais. Já imaginei se os dois problemas estariam relacionados, apenas pra chegar a conclusão que não estão, pelo simples fato de eu não me importar com esse vazio de sentimentos. E isso que me "preocupa". Que tipo de pessoa não consegue gostar de alguém ? Que tipo de pessoa fria eu vou acabar me tornando ? E por que eu não estou GENUÍNAMENTE procupada com isso ? Por quê só estou preocupada com o que os outros vão pensar de mim, e não comigo ?
Pra começar, espero que não pensem mal depois de ler tudo isso :/
Acho que me abro demais pra internet. Quando escrevo, escrevo tudo de uma vez, e nem penso no que deveria estar omitindo ou não.

Af cansei de escrever, depois edito, se sentir necessidade.
Mas atualizarei mais isso aqui, gosto de blog :(

Beijão pro Pedro, que é o único que ainda vai ler, espero HEAUHEA